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Bitcoin é Melhor do que o Ouro?
🥊 Bitcoin Vs Ouro: O grande embate

O ouro tá bombando… E o Bitcoin?
Nessa hora alguns podem se perguntar: “será que o Bitcoin perdeu força?”, “é hora de voltar pro bom e velho ouro?”

É uma pergunta legítima. Mas a resposta exige mais do que olhar o gráfico da semana.
E tenho certeza que os goldbug (defensores do padrão ouro) ficaram felizes com essa notícia.
Comparar Bitcoin e Ouro não é só medir performance ou até preço de uma semana.
É entender o papel que cada ativo cumpre, seus fundamentos, como reagem a diferentes ciclos econômicos e, principalmente, o que isso significa para quem investe pensando no longo prazo.
A verdade é que o Bitcoin surgiu justamente como uma alternativa ao sistema financeiro atual e até ao ouro. Uma evolução, para alguns.
Uma ameaça, para outros. E por mais que ambos sejam tratados como “reserva de valor”, eles têm origens, funções e dinâmicas completamente diferentes.
Por isso, vamos além da pergunta “qual subiu mais?”.
A ideia aqui é destrinchar os fundamentos de cada um e entender o que faz do Bitcoin o ouro do século XXI.

1. Origem e proposta dos ativos:
O ouro acompanha a humanidade há milênios.
Desde épocas do Egito até os dias atuais temos o costume de usar ouro.
Seja e uma pulseira, um cordão e até mesmo uma aliança. O ouro é um dos metais mais valorosos em “reservar riqueza” ao longo do tempo.

É um bem físico, escasso, resistente à corrosão e amplamente aceito como reserva de valor desde as primeiras civilizações.
Serviu como base monetária durante séculos, respaldando moedas nacionais e garantindo a confiança dos mercados muito antes da existência de bancos centrais.
E, assim, a maioria dos países guarda a sua riqueza em ouro, até o Brasil:

Já o Bitcoin nasceu em 2009 como resposta direta ao colapso financeiro de 2008.
Enquanto o sistema tradicional foi salvo por trilhões emitidos do nada, o Bitcoin surgiu com uma proposta diferente: um sistema financeiro descentralizado, com oferta limitada e protocolo imutável, onde a confiança é matemática, e não política...

A frase “chancellor on brink of second bailout for banks”, eternizada no primeiro bloco da blockchain do Bitcoin, não foi um acidente.
Ela representa exatamente o motivo pelo qual ele foi criado.
👉 Enquanto o ouro representa estabilidade histórica, o Bitcoin representa ruptura com o sistema financeiro atual.
E, desculpe, eles não são iguais. Ignorar o Bitcoin tem um custo de tempo muito alto.
Não negamos o valor do ouro, ele é um ótimo ativo como bem de utilidade, mas ao falarmos de poder monetário, o Bitcoin é sim um ouro melhorado.

2. Escassez e política monetária: o que é realmente previsível?
O ouro é escasso, mas ninguém sabe quanto ouro ainda falta pra ser minerado.
Estimativas de reserva variam com novas descobertas e avanços em mineração. Inclusive, é possível um meteoro cair cheio de ouro ou descobrirem um novo lugar com muito minério.

Sim, é possível… Totalmente.
E, essa é a comparação, o Bitcoin tem 21 Milhões limitados via código e já o ouro é infinito, visto que não sabemos o limite final.

Além disso, o fornecimento anual de ouro é influenciado por decisões humanas e condições geopolíticas.
Ou seja, apesar de sua reputação de estabilidade, a oferta de ouro não é totalmente previsível.
Já o Bitcoin tem um cronograma fixo e transparente: serão 21 milhões de unidades, ponto final.
A emissão segue um código que reduz pela metade a recompensa dos mineradores a cada quatro anos, o famoso halving. Essa política monetária é programada, imutável e pública. Nenhum governo, minerador ou entidade pode alterar a escassez do ativo.

3. Portabilidade e liquidez:
Se você tivesse que sair correndo do país com sua reserva de valor, o que preferiria: um cofre cheio de barras de ouro ou uma senha de 12 palavras memorizada na cabeça?

Essa é a diferença prática entre ouro e Bitcoin. E uma das mais importantes.
O ouro é físico.
Pesado, difícil de transportar, sujeito a confiscos e barreiras alfandegárias.
Mesmo em ambientes digitais, sua negociação pode ser lenta e burocrática. É preciso custódia, transporte, verificação de pureza... Tudo isso custa tempo e dinheiro.
Já o Bitcoin pode ser movido em minutos, para qualquer lugar do mundo, com um clique. Não precisa de intermediários. Não precisa atravessar fronteiras com medo. Não precisa de caminhão forte, nem de um cofre. Precisa só de acesso à internet.
Pode até salvar a seed na cabeça.
Em um mundo cada vez mais digital e interconectado, a liquidez e portabilidade do Bitcoin o tornam muito mais eficiente como ativo global.

4. Adoção institucional:
Se o ouro é o velho conhecido dos bancos centrais, o Bitcoin é o novo querido dos fundos e empresas visionárias.
Ouro ainda ocupa espaço nas reservas nacionais. Mas o movimento institucional em direção ao Bitcoin está se acelerando, e não é hype: são fatos.
A BlackRock, maior gestora de ativos do mundo, lançou um ETF de Bitcoin aprovado nos EUA.
A Fidelity também criou seu próprio fundo, além de serviços de custódia e investimento para clientes institucionais.
MicroStrategy, empresa listada na Nasdaq, já acumula mais de 200 mil BTC como parte de sua estratégia de tesouraria.
Sem contar os países adotando Bitcoin.

E também os bancos que estão tokenizando títulos públicos, os governos interessados em stablecoins, e as corretoras tradicionais criando produtos cripto para seus clientes.
Em termos de adoção tecnológica e avanço institucional, Bitcoin está em desenvolvimento, enquanto, o ouro segue como símbolo do passado, o BTC está se tornando uma peça estratégica do futuro financeiro.

5. Não é uma briga de quem é melhor, é sobre entender o jogo.
O ouro foi, por séculos, o ativo mais confiável da história. Serviu como base monetária global, reserva de valor e proteção contra inflação. Cumpriu seu papel e ainda cumpre.
Mas o mundo mudou. E com ele, o conceito de escassez, portabilidade e soberania financeira. O Bitcoin não veio para “substituir” o ouro. Ele veio para fazer o que o ouro nunca pôde fazer em escala global e digital.
Se você ainda está se perguntando se vale mais a pena ter ouro ou Bitcoin, talvez a melhor resposta seja: depende de qual mundo você quer se proteger?
O antigo ou o que vem por aí.
E pra fechar, um comparativo direto dos dois:
Característica | Ouro 🟡 | Bitcoin ₿ |
Oferta limitada? | Não (~190 mil toneladas) | Sim (21 milhões de BTC) |
Fácil de armazenar? | Não | Sim |
Fácil de transportar? | Não | Sim (inclusive na mente) |
Pode ser fracionado? | Pouco prático | Muito, até 0.00000001 BTC |
Acessível globalmente? | Limitado a países/corretores | Sim, 24/7 pela internet |
Soberania pessoal? | Requer custódia física | Pode ser autocustodiado |
Histórico como reserva? | Milenar | Desde 2009 |
Volatilidade de preço? | Baixa | Alta (mas em queda com o tempo) |
Censurável? | Pode ser confiscado | Não, se em autocustódia |
No fim das contas, o ouro protege o passado, o Bitcoin protege o futuro.
Faça sua escolha.

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